terça-feira, 11 de novembro de 2014

Iracema "A virgem dos lábios de mel"


Legenda e data da foto a partir da esquerda: Eu, Audir de Araújo Paiva, minha esposa, Irani Ulisses Paiva, meu cunhado Antônio Ulisses Alencar e minha sogra Maria Perpétua Ulisses Alencar.
Local e data: Avenida Beira Mar -  Fortaleza, novembro Ano 2014.

Avenida Beira Mar - Fortaleza Ceará. Monumento Iracema, "a virgem dos lábios de mel", personagem do Romance do escritor José de Alencar.

A estátua de Iracema, inaugurada em 1965, primeiro centenário do Romance Iracema (1865-1965) de autoria do escritor José de Alencar e homenageia a personagem do escritor e é localizada onde a índia esperava o retorno de Martin Soares Moreno. A obra foi esculpida pelo artista pernambucano José Corbiniano Lins e retrata não apena a personagem símbolo do Romance, mas o momento em que o Guerreiro Branco, seu filho e seu fiel cão deixam a praia em uma Jangada. A estátua de Iracema representa ainda a força da luta de nossa gente. A escultura de Iracema foi recuperada em abril de 2008, durante as comemorações dos 280 anos de Fortaleza.

Em seu livro com o título Iracema (1865) José de Alencar, atinge seu romance mais bem estruturado, sob o ponto de vista estético. Iracema é o exemplar mais perfeito de prosa poética de nossa ficção romântica, belíssimo exemplo do nacionalismo ufanista e indianista, com o qual Alencar contribuiu com a construção da literatura e da cultura brasileira.

No romance há um argumento histórico: a colonização do Ceará, que se deu em 1606. Nele há a presença de personagens históricos: Martim Soares Moreno, o colonizador português que se aliou aos índios Pitiguaras e Poti, Antônio Felipe Camarão.

Através do romance entre Iracema e Martim, José de Alencar romantizou o processo de colonização do Ceará, simbolicamente representativo do processo de colonização do Brasil.

Iracema apresenta uma espécie de conciliação entre o branco e o índio, na medida em que romantiza a dominação de um povo pelo outro.

Desta forma insere nos códigos artísticos do Romantismo europeu a temática do processo de colonização do país. Com a obra se inaugura o mito heroico da pátria, de natureza indianista.